domingo, 22 de março de 2015

SOBRE TODA ALMA



“Tribulação e angústia sobre toda alma do homem que obra o mal, primeiramente do judeu e também do grego...”.


(ROMANOS, 2; 9)



Tribulação e angústia...
Castigo, maldição?
Não se pode crer.
A simples imposição da pena não reforma o transgressor.
A penalidade restringe, mas não corrige.

Sem consequência, no entanto, onde há moralidade?
Se o bem e o mal se confundissem,
Qual seria a razão do bem?
O egoísmo estaria sancionado e faria lei.
A satisfação exclusivista seria a regra, e o amor minguaria.

Porém...
Sobre toda alma paira a Divina Sabedoria:
Norte, rota, bússola, caminho diretor.
Distantes dela, somos cegos guias de cegos.
Diante dela, somos filhos herdeiros da eterna vida.

Homem que obra o mal...
Opção ou fatalidade?
Se o mal fosse fatal, porque diríamos:
“Livrai-nos do mal”.
Homem insensato! Ousa pedir contas da sua escolha?

A verdade que do alto vem é imutável.
O engano é obra humana. Fragilidade de entendimento.
A cada qual o seu quinhão.
Primeiramente do judeu... (primazia na herança da Lei)
E também do grego... (partícipe da mesma aliança)

Diante de Deus:
Nem judeu, nem grego, nem escravo, nem liberto.
O Pai conhece a procedência dos seus filhos.
E pelo proceder nos é dado, e nos é cobrado...
Tal é a razão de ser: sobre toda alma.

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