domingo, 17 de junho de 2012

SARAU DE UM SARCASMO











Fere a baioneta do tempo,
implacável conselheiro:
reduzindo-nos à medida desmascarada;
transparência visível
Impõem-se as generosas asas de um anjo familiar,
com altivez,
envolvendo-nos em salutar
lucidez


Contemporâneo movimento
refletido no encadeamento das realizações
Amor materno,
serafins,
afins,
libertadora verdade
As correntes aprisionam o fruto venal
de erratas incoerências


Fatalidade sentencial,
onírico real
O tom lúdico da comédia vida
mostra-nos o desejo representado pela vontade
O arbítrio condensa o poema
Fonte inconteste para o entendimento:
Cântaro transborda,
transporta indagações...


NOTA DO AUTOR:

Até que ponto decidimos de fato sobre o rumo de nossas vidas?
Esta é a pergunta oculta em torno dos versos acima que apontam em curtas sentenças, pareceres esparsos, em proposital desconexão, para formar um corpo textual que indica um diálogo interno sobre a busca de uma possível conciliação entre o tempo, que transcorre impondo-nos decisões, e o uso de nosso arbítrio, para eleger caminhos e assumir responsabilidades.
Roda Viva de sentimentos e emoções... 

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