domingo, 23 de fevereiro de 2014

PITONISA DE FILIPOS




“(...) uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores...”.

 (Atos, 16; 1-40).
 

O discernimento dos espíritos é um dom que solicita comunhão constante com Deus, para que não nos enganemos com os falsos profetas.
 
Paulo e Silas chegaram a Derbe e Listra. Um certo discípulo, chamado Timóteo, filho de uma judia cristã e de pai grego, do qual davam bom testemunho os irmãos de Listra e Icônio, também foi tomado por Paulo para a segunda viagem missionária.
Passando pela Frígia e pela província da Galácia, o Espírito Santo os impediu de anunciar o evangelho na Ásia.
Chegando a Mísia, intencionavam ir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lhes permitiu. Passando por Mísia, desceram até Trôade.
Paulo teve uma visão de noite. Um varão da Macedônia lhe pediu ajuda. Depois desta visão partiram para a Macedônia, entendendo que o Senhor os chamara para anunciar o evangelho naquelas terras.
Navegaram de Trôade, caminhando para a Samotrácia, e no dia seguinte, foram para Neópolis. E dali foram para Filipos.
No dia de sábado foram para o beira do rio, assentando-se falaram para às mulheres que ali se ajuntaram. Uma mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, abriu o seu coração, atenta ao que falava Paulo, aceitando, ela e os da sua casa, o batismo. Oferecendo sua casa como hospedaria aos apóstolos.
E aconteceu que indo, os apóstolos, à oração, encontraram uma jovem que tinha espírito de adivinhação, e que, adivinhando, dava grande lucro aos senhores.
A pitonisa ao ver os apóstolos anunciava reiteradas vezes: “Estes são servos do Deus Altíssimo”, elogiando-os buscava envaidecê-los.
Isto fez por muitos dias. Paulo observando aquelas manifestações, indignou-se com o espírito que persistia com os elogios inconvenientes, e o repreendeu: “Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela”. E, na mesma hora, desvinculou-se da jovem pitonisa.
Os senhores da jovem, insatisfeitos por terem perdido sua fonte de lucros, com o afastamento do espírito, pois, desde então a jovem não mais adivinhava, denunciaram Paulo e Silas, e os levaram à praça, na presença dos magistrados.
Paulo e Silas apresentados com pervertedores dos costumes, e perturbadores da ordem, foram açoitados e lançados à prisão.
Perto da meia-noite, Paulo e Silas cantavam hinos a Deus, e os outros presos escutavam. Em dado momento, sobreveio um grande terremoto, abalando os alicerces do cárcere, abrindo as portas de todos os presos.
Acordando o carcereiro, e vendo as portas abertas, desesperou-se, crendo que todos os presos tinham fugido. Tirando a sua espada, quis matar-se, mas Paulo interveio, confirmando que todos os presos ainda estavam ali.
Paulo e Silas pregaram o evangelho no cárcere, e o carcereiro aceitou o batismo e a fé cristã, ele e os da sua casa.
Permaneceram todos no cárcere. No dia seguinte, Os magistrados mandaram soltar Paulo e Silas. Paulo replicou, contestando que foram açoitados publicamente e presos, sem justo julgamento, em sendo cidadãos romanos.
Os magistrados temeram esta condição, e pediram aos apóstolos que soltos, saíssem da cidade.
Saindo da prisão, os apóstolos, entraram em casa de Lídia, conversaram com os irmãos da fé, os confortaram, e depois partiram.
 
Toda autoridade espiritual repousa sobre a autoridade de Deus.
É do Senhor que vem o Espírito de sabedoria e o dom da boa palavra.
Discernir é compreender para além da razão humana.
Discernir é sentir o poder de Deus através da fé, que fala ao homem interior.
 
 
 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

PURIFICANDO PELA FÉ




“(...) E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé...”.

 (Atos, 15; 1-41).

A discussão acerca das prescrições do rito judaico e a supremacia do evangelho é um convite para a adesão corajosa à boa nova.



Alguns que desceram da Judéia ensinavam que sem a circuncisão, conforme o uso de Moisés, não poderiam salvar-se.

Paulo e Barnabé entrando em contenda com eles levaram o assunto para debate em Jerusalém, junto aos apóstolos e anciãos.

Alguns fariseus que haviam crido se levantaram na assembleia, em Jerusalém, defendendo a circuncisão e a observância da lei de Moisés.

E havendo grande discussão, Pedro levantou-se e esclareceu que somente Deus conhece os corações, dando o Espírito Santo tanto aos judeus quanto aos gentios. Não fazendo diferença entre uns e outros, purificando ambos pela fé.

Porque tentar a Deus com um jugo insuportável que antes separa, ao invés de congregar?

Pois, é pela graça do Senhor Jesus Cristo que somos salvos e não pelo cumprimento de preceitos e ritos humanos.

A multidão se calou, e Paulo e Barnabé contaram os sinais e prodígios que Deus fez por meio deles entre os gentios.

Tiago tomou a palavra e anunciou a concordância do ensino dos profetas sobre o chamado de Deus também aos estrangeiros.

Os apóstolos, os anciãos, com toda a igreja, elegeram homens para enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia: Judas, chamado Barsabás, e Silas, distintos entre os irmãos.

Levaram consigo, em nome dos apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos em Antioquia, Síria e Cilícia, orientações: Que se abstivessem das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação. Não sendo imposto aos gentios nenhum outro encargo.

Judas e Silas entregaram a carta que foi lida com alegria pela exortação.

Silas e Judas que também eram profetas confirmaram os irmãos com muitas palavras. Judas retornou para Jerusalém. Silas achou por bem permanecer em Antioquia. Paulo e Barnabé também ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros a palavra do Senhor.

Dias depois, Paulo e Barnabé decidiram tornar a visitar os irmãos de todas as cidades cuja palavra já havia sido anunciada, para ver como estavam.

Barnabé aconselhava a levar João, chamado Marcos, com eles. Paulo entendeu ser razoável não levar João Marcos, já que o mesmo já havia se apartado deles desde a Panfília, não os acompanhando naquela obra.

Houve contenda entre Barnabé e Paulo. E se separaram um do outro. Barnabé levou consigo Marcos, navegando para Chipre.

Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo, e partiu para a Síria e a Cilícia, passando e confirmando as igrejas.

 

Purificando pela fé todo aquele que crê...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

HOMENS COMO VÓS




“(...) Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo...”.

 (Atos, 14; 1-28).
 

A presente passagem de Atos nos faz lembrar que não somos os autores da obra de Deus, mas tão somente cooperadores debaixo da graça divina.
 
Em Icônio os apóstolos falaram de tal modo na sinagoga que uma multidão entre judeus e gentios aceitaram a boa nova.

Falando ousadamente acerca do Senhor, segundo a palavra da sua graça, e Deus permitia que pelas mãos dos apóstolos muitos sinais e prodígios se fizessem.

A cidade estava dividida: uns eram pelos judeus que eram incrédulos, e outros pelos apóstolos.

Levantou-se um motim contra os apóstolos para os insultarem e apedrejarem. E sabendo disto, fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia, e para a província vizinha.

E ali anunciavam o evangelho.
 
        Em Listra, um homem coxo desde o nascimento estava assentado, ouvindo Paulo falar.
Paulo fixou os olhos no homem leso dos pés, e observou que o homem tinha fé para ser curado. E disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E o homem saltou e andou.
E a multidão que acompanhara a cura acreditou que Paulo e Barnabé eram deuses que se fizerem semelhantes aos homens, e desceram até eles.
Chamavam Barnabé de Júpiter, e Paulo de Mercúrio, porque este era quem falava.
Paulo e Barnabé se indignaram com aquela idolatria e advertiram a multidão. Esclareceram que eram homens como eles, sujeito às paixões humanas, e clamavam para que a multidão se convertesse ao Deus único, criador do céu, da terra, e de tudo quanto neles há.
No entanto, alguns judeus de Antioquia e Icônio, opositores dos apóstolos, convenceram a multidão a apedrejar Paulo, e arrastando-o para fora da cidade, cuidavam que estivesse morto.
Rodeado pelos discípulos, Paulo, levantou-se entrou na cidade, e no dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Nesta cidade anunciaram o evangelho e fizeram muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia.
 
“Confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.”
 
Passando depois por Pisídia, dirigiram-se a Panfília. Anunciando a palavra em Perge, desceram a Atália. Navegaram para Antioquia...
E quando chegaram e reuniram a igreja, contaram as grandes coisas que fizera Deus por eles, e como as portas da fé estavam abertas a todos.
E por não pouco tempo ficaram ali, com os discípulos.
 
Homens como vós, mas homens de Deus, e com Deus...
 
 
 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ELIMAS, O ENCANTADOR




“(...) não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?”.

 (Atos, 13; 1-52).

 

É fundamental saber distinguir o que é ensino divino e o que é doutrina humana.



Os profetas e doutores da igreja que estava em Antioquia eram: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

E servindo a Deus e jejuando, disse o Espírito Santo a eles, que Barnabé e Saulo estavam convocados para a obra a que foram chamados.

Os profetas e doutores de Antioquia, jejuando e orando, impuseram as mãos, sobre Barnabé e Saulo, e os enviaram à obra.

Guiados pelo Espírito, Barnabé e Saulo, desceram a Selêucia, e de lá navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a boa nova nas sinagogas dos judeus, e João lhes era um cooperador.

Atravessaram a ilha até Pafos, e conheceram um certo judeu mágico, chamado Barjesus que era falso profeta. Ele estava junto do procônsul Sérgio Paulo, um homem prudente que se interessa em ouvir a mensagem anunciada por Barnabé e Saulo.

Mas, Elimas, o encantador tentava convencer o procônsul a desconsiderar a fé cristã.

Nesta situação, Saulo, cheio do Espírito Santo fixou os olhos no falso profeta, e determinou pela vontade de Deus que o encantador que era cego do espírito estaria por algum tempo cego dos olhos. E assim se fez para espanto geral.

O procônsul maravilhou-se com o acontecido, e acreditou na doutrina do Senhor, aceitando o evangelho, e acolhendo Saulo (Paulo) e Barnabé.

Os apóstolos partiram de Pafos chegaram a Perge, da Panfília. João retornou para igreja em Jerusalém.

Saindo de Perge, Paulo e Barnabé chegaram a Antioquia da Pisídia, entraram na sinagoga, no dia de sábado, e se assentaram.

Ouviram a lição da lei e dos profetas, e os principais da sinagoga perguntaram se alguém desejaria falar.

Paulo levantou-se, pediu silêncio com a mão, e discursando na sinagoga proclamou o evangelho de Jesus, segundo o anúncio das Escrituras.

Os judeus rejeitaram a mensagem, pois não aceitavam o Messias, e os gentios (estrangeiros) rogavam a Paulo que voltasse no outro sábado para anunciar a boa nova.

Deus dá a luz do entendimento àquele que lhe pede.

Os gentios, ouvindo que Deus os aceitava, se alegraram e glorificaram a palavra do Senhor.

E o ensino divino se divulgava por toda aquela província.

Os judeus ergueram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram para fora da cidade.

Paulo e Barnabé sacudiram o pó dos pés, e partiram em direção a Icônio.

E estavam os discípulos cheios de alegria e do Espírito Santo.

 

Deus ensina na simplicidade.

Os homens procuram sabedoria nas muitas palavras.

Deus fortifica-nos no silêncio e na prece.

A graça divina nos basta.