“(...) Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda”.
(Atos, 3; 1-26).
A cura do coxo de nascença ressalta o
verdadeiro tesouro do discípulo: a fé em Jesus Cristo.
À hora nona...
Quinze horas.
Simão Pedro e João subiram juntos ao
templo de Jerusalém para orar.
Na porta do templo, chamada Formosa,
todos os dias era levado um homem coxo de nascença para pedir esmolas àqueles
que adentrassem no recinto.
O coxo avista Pedro e João e lhes pede
uma esmola.
Na hora marcada, o encontro predito.
Ocasião para a graça divina.
Pedro e João fixam o olhar sobre o
homem coxo, e lhes pede correspondência: “Olha para nós”.
O homem coxo encontra o olhar de Pedro
e João, mas espera, em sua miserável condição de pedinte, receber a moeda
material.
Outra seria a divisa ofertada...
Pedro é o porta voz da cura. Nem prata,
nem ouro possuíam os apóstolos, mas dariam ao coxo, o que a eles, de fato,
pertencia: “(...) em nome de Jesus Cristo – levanta-te e anda!”.
“Em nome de Jesus, o nazareno”: a fé.
“Levanta-te e anda”: a graça.
Pedro toma o homem pela mão direita, e
o auxilia a pôr-se de pé. Pés e artelhos se firmam.
O homem salta, coloca-se em pé, anda e
entra no templo, agradecendo a Deus.
O povo que conhecera o homem, que por
muitos anos estivera à porta do templo, na situação de coxo pedinte, agora
admira vê-lo andar, saltar, movimentar-se sem qualquer embaraço. Ficaram pasmados
e assombrados com a cura.
Junto ao alpendre (terraço) chamado de
Salomão, Simão Pedro toma para si a palavra, e discursa, para a multidão, que
atenta o ouve falar acerca de Jesus Cristo.
A cura fora mais um chamado.
Ocasião para o ensino.
“Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus,
primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada
um, das vossas maldades”.
A multidão coxa de entendimento era
chamada a levantar e andar nas vias do amor divino.