“(...) Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em
Jerusalém o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios
(...)”.
(Atos, 21; 1-40).
Negar o personalismo (ego) e viver o plano de Deus (Cristo em nós): desprendimento,
renúncia em nome do ideal.
Os apóstolos chegando a Cós, no dia seguinte foram
a Rodes, de onde passaram a Pátara. Achando um navio que ia para Fenícia,
partiram.
Já à vista de Chipre navegaram para a Síria e
chegaram a Tiro. Ali, encontraram discípulos e ficaram por sete dias. Pelos
discípulos, dizia o Espírito a Paulo para que não subisse a Jerusalém.
Seguindo caminho todos os acompanhavam, com suas
mulheres e filhos, até fora da cidade. E postos, de joelhos, na praia oravam.
Concluída a navegação em Tiro, vieram a Ptolemaida,
e saudando os irmãos, ficaram com eles um dia. Partindo de lá, chegaram a
Cesaréia, e entrando em casa de Filipe, o evangelista, ficaram com ele. Filipe
tinha quatro filhas donzelas, e todas profetizavam.
Demorando em Cesaréia por muitos dias, chegou da Judéia
um profeta chamado Ágabo. E vindo ter com eles, disse a Paulo sob inspiração do
Espírito, que em Jerusalém, o apóstolo seria preso.
E todos pediam a Paulo, entre lágrimas, para que
não subisse a Jerusalém. Paulo, no entanto, incomodado com a reação dos irmãos
diante da revelação, disse que estava pronto para ser preso, e até mesmo morrer
em Jerusalém pelo nome de Jesus.
Nem tribulação, nem prisão, nem ameaça de morte
impedem o agir daquele, que por obra do Espírito, faz do ideal a razão de
viver.
Subindo à Jerusalém os irmãos os receberam de muito
boa vontade. No dia seguinte entrou em casa de Tiago. Paulo saudou a todos e
contou sobre o seu ministério entre os gentios. Ouvindo o relato de Paulo, os
irmãos glorificaram a Deus.
Os irmãos estavam preocupados com a reação dos
judeus diante de Paulo, pois se informava que Paulo ensinava contra a lei de
Moisés, orientando aos gentios que não observassem os preceitos do costume.
Paulo ouve o conselho dos irmãos e toma consigo
quatro varões que fizeram voto, segundo o costume da lei, e entrou com eles no
dia seguinte, no templo em Jerusalém, e ficou ali até se oferecer a cada um
deles a oferta.
Terminados os sete dias da prescrição para a
purificação no templo, os judeus da Ásia, vendo Paulo, instigaram todo o povo e
o prenderam, e procuravam matar Paulo. Chegou ao tribuno da coorte que
Jerusalém estava toda em confusão. Tomando alguns soldados e centuriões,
correram para Jerusalém. Os judeus quando viram os soldados cessaram de ferir
Paulo. O tribuno aproximou-se e mandou atar Paulo, querendo saber o que ele
tinha feito.
Na multidão uns clamavam de um jeito, outros de
outra forma, e sem entender o que acontecia, o tribuno enviou Paulo para a
fortaleza. E multidão clamava: “Mata-o!”.
O alarido do mundo clama pela condenação e exclusão
dos mensageiros de Cristo, por sentir que estes são portadores da boa nova que
põe à luz as trevas que há no homem, iludido pelo culto às riquezas, aos
prazeres e ao poder: a cegueira da ilusão não compreende a clareza da vida
eterna.
Paulo anuncia, falando em grego, ao tribuno e aos
soldados que era um homem judeu, da cidade de Tarso, e pediu permissão para
falar com o povo.
A permissão lhe foi dada. Colocou-se de pé nas
escadas, fez sinal com a mão ao povo, e, feito grande silêncio, Paulo falou aos
judeus em língua hebraica.
Não podemos nos calar quando somos chamados ao
testemunho. Colocar- se de pé nas escadas (se expor corajosamente), fazer sinal
com a mão (chamar para si a responsabilidade), e falar ao povo na linguagem
(zona de entendimento) do povo para que a mensagem não se perca na
incompreensão.
Presos no mundo, mas libertos pela boa nova anunciemos
que o Reino nos é chegado!