domingo, 30 de junho de 2013

FIDELIDADE E TEMOR




“(...) Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito...”.

“(...) Senhor, eis a tua mina que tive guardada em um lenço; pois eu tinha medo de ti...”.

 (Mateus, 25; 14-30). (Lucas, 19; 11-27).

 A parábola dos talentos e das minas ressalta a relevância das tarefas que nos são confiadas.
 
 
Um homem ilustre partiu para um lugar longínquo.
Antes chamou seus servos. Conforme seus méritos, cada um recebeu seu quinhão.
Cinco, dois e um talento...
Dez minas...
“Negociai até eu voltar!” – ordenou o senhor dos talentos e das minas.
Após longa temporada retornou o ilustre homem.
Chamou seus servos para o acerto de contas.
Um recebeu cinco e ganhou mais cinco. Outro recebeu dois e ganhou mais dois. E o terceiro recebeu um só talento, fez uma cova, e o enterrou no chão.
Talento enterrado = rendimento zero.
Fiéis no pouco, foram os dois primeiros servos. Conquistaram pra si o muito.
Mas, o terceiro enterrara o talento...
“És homem severo, ceifas onde não semeaste e recolhes onde não joeiraste; e, atemorizado, fui esconder o talento na terra.” – argumentou o servo negligente.
“Onde está o rendimento do teu talento!” – exclamou o seu senhor.
O servo foi mau e preguiçoso.
Dez servos são chamados, dez minas foram distribuídas.
Um deles fez render outros dez. Um outro fez render outros cinco...
Porém, houve aquele que escondeu a mina em um lenço.
O servo teve medo de perder a mina que lhe foi entregue.
“Servo mau, pela tua boca te julgarei” – respondeu o senhor, diante das explicações do servo covarde.
O senhor tira o que não pôs e ceifa o que não semeia.
Onde estão os juros da mina!   
Ao que tinha um, nada lhe resta. Ao que rendeu dez, tudo lhe cabe.
A fidelidade multiplica talentos e minas, e presta contas confiante de seus préstimos.
O medo seca, paralisa, corrompe, amesquinha e torna infértil talentos e minas.
Ao que tem, mais é concedido. Ao que não tem, até o que possui lhe será tirado.
 
 

domingo, 23 de junho de 2013

VIRGENS INCAUTAS


"Virgens dormindo com lâmpada" - pintura produzida entre 1838-1842 pelo artista Friedrich Wilhelm Shadow, atualmente no Stãdel, museu de arte, em Frankfurt am Main, na Alemanha.
 
 
“E disseram as néscias às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando! Porém as prudentes responderam: Talvez não haja bastante para nós e para vós”.
 (Mateus, 25; 1-13).
 A parábola das dez virgens é um apelo pela busca do conhecimento espiritual aliado a fé.
 
 
Dez virgens tomaram suas lâmpadas, e saíram ao encontro do noivo.
Cinco néscias e cinco prudentes.
As néscias não levaram azeite consigo. As prudentes fizeram do azeite provisão.
O noivo tardou a vir.
As dez virgens cochilaram e adormeceram.
À meia noite: um grito, um chamado – Eis o noivo! Saí ao seu encontro!
Afoitas e ansiosas as dez virgens prepararam suas lâmpadas e saíram.
O noivo chegara.
As dez virgens estavam despertas, atenderam o convite do noivo, mas...
Cinco eram néscias, e cinco eram prudentes!
A necedade cuida do externo, adorna a aparência, aceita convites, porém não faz provisão.
A prudência estuda, examina, perquire, raciocina e compreende.
A fé precisa da companhia do conhecimento tal qual a candeia precisa estar provida para emitir luz.
Não basta a inocência (estado virginal) da crença. É preciso instruir-se para que a fé se faça rochedo e abrigo.
Quando, à meia noite chegou o noivo, o que fizeram as virgens néscias que não tinham reserva de luz própria? Pediram o azeite das virgens prudentes.
As prudentes responderam: “Talvez não haja bastante para nós e para vós”.
O azeite do conhecimento (sabedoria aplicada) é intransferível. O que transferimos é instrução intelectiva, saber por palavras, noções introdutórias.
Conhecer é um ato solitário.
Há quem pretenda vender. Há quem pretenda comprar azeite (conhecimento). No entanto, não se vende nem se compra luz própria. É preciso adquiri-la por si e em si.
As virgens néscias foram incautas. Enquanto tentavam comprar o azeite para suas lâmpadas, o noivo veio, abriu as portas, e chamou para as bodas as virgens prudentes.
As virgens néscias retornaram. Bateram às portas das bodas. Mas, o noivo não as reconheceu.
O Amor é o azeite do sentimento. O Conhecimento é o azeite da razão.


domingo, 16 de junho de 2013

SABER É RESPONSABILIZAR-SE



“(...) A todo aquele a quem muito é dado, muito lhe será requerido; e a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido!”.

 (Mateus, 24; 45-31) – (Lucas, 12; 42-48).

 A parábola dos servos bons e maus é uma exortação ao cultivo da responsabilidade em atos e palavras.

  
 
“Quem é o despenseiro prudente e fiel a quem confiarei a direção de minha casa, para que distribua o alimento, quando os tempos forem ( e são) chegados?”
Feliz o servo que for encontrado ofertando sem ocultar quando soar a hora marcada!
Todos os bens lhe serão confiados. Bens móveis e imóveis. Transitórios e perenes...
Fazei o inventário de tudo o que há entre o céu e a terra!
Mas... e se houver dúvida no coração... e se o servo fraquejar crendo que o tempo tarda a vir? E se o servo, cego em intenções, maltratar os criados, comer, beber e embriagar-se, distrair-se de suas tarefas, crendo que a temporária ausência do seu Senhor o autoriza à insensatez? E se...
Será o servo posto à parte, quando na hora que ele não sabe, e não espera o Senhor vir.
Crede não porque ouviste, crede não porque lede, crede por sentires as dores do parto!
Poucos açoites a quem não soube a vontade Soberana. Mas, muitos açoites ao servo que soube, não se preparou, fez pouco caso da vontade do seu Senhor, e satirizou a verdade!
Fostes chamados ao serviço da vigilância e da prudência. Como desprezá-las?
Pois, se saber traz represálias, e não saber atenua penalidades... preferível seja a inépcia?!
Tolice, servo medroso! Saber é progredir e a lei dos mundos é a lei do progresso!
Quem foge ao saber será tolhido pelo aguilhão da necessidade, e não encontrará toca, nem abrigo, pois a ignorância estará nua, e à época, sem aplausos e festejos...
Queiras saber, queiras responsabilizar-se!
Conservas e preservas contigo a tarefa, pois teu cativeiro será tua liberdade.
A confiança é dádiva divina para todo aquele que persevera.
Fazei o censo: bons e maus servos... a quem serves?!
Serviço é a obrigação de fazer, e a obrigação é o dever elevado à condição de ser útil.
Ter utilidade é atender à necessidades. Se em vossas negociatas sabei atender com diligência a quem o procura, porque alegardes desconhecimento das necessidades de vosso tempo?
O tempo é de servir...
Pra bem servir há de saber...
Pra saber há de viver...
E pra viver há de amar.
 

 

domingo, 9 de junho de 2013

CEDO VENHO




“... assim também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele (O Filho do Homem) está próximo às portas”.
 (Mateus, 26; 32-34) – (Marcos, 12; 28-30) – (Lucas, 21; 29-32).
 
A parábola da figueira em vegetação é um anúncio categórico do retorno de Jesus após a restauração do seu Evangelho.
 

Entre a primavera e o verão...
Vede os sinais dos tempos.
Parábola tirada da figueira:
Ramos tenros, brotam folhas
Próximo está o verão!
 
A figueira...
Mais do que o trigo, a cevada, o centeio, a azeitona, a amêndoa...
Olhai para a figueira!
Uma vez ao ano, próximo ao verão, aparecem os brotos de suas folhas.
Anunciam a mudança de estação.
 
Entre a primavera e o verão...
Vede os sinais dos tempos.
Parábola tirada da figueira:
Ramos tenros, brotam folhas.
Próximo está o verão!
 
Brotos da figueira mundo tornam-se bastas folhagens.
Deliciosos serão os seus figos!
Resgata o passado para conquistar o futuro.
Vigiai e observai os sinais dos tempos...
Virá o Filho do Homem como um ladrão:
“Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.
E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve, diga: Vem!
E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”.
(Apocalipse 22; 16-17)

domingo, 2 de junho de 2013

VESTE NUPCIAL




“(...) Então disse aos servos: As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos; ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos, e chamai para as bodas a quantos encontrardes (...)”.

 (Mateus, 22; 1-14.)

A parábola das bodas demonstra que não basta o chamamento, é necessária, também, a escolha.
 
 
Celebro as bodas de meu filho!
Chamem os convidados para a festa!
Chamados os convivas, no entanto... não quiseram vir.
Tenho preparado o meu banquete, tudo está pronto. Vinde às bodas!
Porém, os convidados não fizeram caso do apelo do Rei.
Ah, cuidarei de meu campo! E, quem zelará por meu negócio? – diziam os convivas.
Houve até que ultrajasse e matasse os servos emissários do Rei.
Indignou-se o Rei. Enviou suas tropas para aniquilar os assassinos e destruir sua cidade.
Celebro as bodas de meu filho!
Chamem os convidados para a festa!
Nas encruzilhadas dos caminhos, os servos chamaram todos quantos encontraram.
Sim, agora o convite era feito nas encruzilhadas dos caminhos!
Maus e bons... todos reunidos na sala nupcial...
Enfim, as bodas tinham a presença dos seus convivas.
Ali encontravam-se os chamados.
Adentra o Rei a sala nupcial, e panoramicamente avista os seus convivas.
O olhar do Rei se detém sobre um convidado.
(Quando a regra não prescreve exceção, o escândalo se faz notório).
Como entraste sem a veste nupcial? Onde está a vossa túnica! – indaga o Rei.
O conviva emudeceu...
(Quem se acomoda ao chamamento, não faz escolhas, pois crê-se escolhido).
O conviva fora surpreendido. Não bastava a presença na sala nupcial. Precisava da túnica, da veste nupcial! – e ele não a havia tecido.
Atai-o de pés e mãos, lançai-o nas trevas exteriores! Lá, haverá choro e ranger de dentes. Pois, a muitos chamo, mas poucos escolho – anuncia o Rei.
E a cidade descia do céu adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. (Apocalipse 21; 2)
Enfim, as bodas serão celebradas!