domingo, 26 de janeiro de 2014

CAIRAM - LHE AS CADEIAS




“(...) Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias (...)”.

 (Atos, 12; 1-25). 
 

A soltura de Pedro da prisão pela ação de um anjo nos ensina que o amparo espiritual jamais nos falta.
 
        O rei Herodes empreendeu uma perseguição a alguns da igreja. E mandou matar à espada Tiago, irmão de João.
Vendo o rei que sua atitude agradava aos judeus, mandou prender Pedro. Encerrado na prisão, foi entregue aos cuidados dos soldados para que o guardassem, pois intenciona Herodes apresentar Pedro para ser julgado pelo povo depois da Páscoa.
E a igreja fazia contínua oração por Pedro.
Na noite anterior à Páscoa, estava Pedro dormindo entre dois soldados, preso por duas cadeias, e tendo guardas nas portas da prisão.
E eis que sobreveio o anjo do Senhor, resplandeceu uma luz, e despertando a Pedro, pediu para que ele se levantasse.
E caíram-lhe das mãos as cadeias.
Disse o anjo a Pedro para que ele se arrumasse, calçasse as suas sandálias, vestisse a sua capa, e o seguisse.
E ele assim o fez. Pedro pensava que estivesse tendo alguma visão, e que aquilo não era real.
Passaram a primeira e a segunda guarda, e chegando à porta de ferro que dá para a cidade, ela se abriu por si mesma. Pedro e o anjo saíram, percorreram uma rua juntos, e logo o anjo se apartou dele.
Pedro compreendera, enfim, que não se tratava de uma visão. E que ele fora visitado por um anjo do Senhor que viera libertá-lo.
Pedro se encaminhou para a casa de Maria, mão de João Marcos, onde estavam reunidos muitos seguidores de Jesus em oração.
Ele bateu à porta, e uma menina chamada Rode saiu a escutar. Conheceu a voz de Pedro, e ficou tão alegre que voltou para avisar os demais da casa, anunciando que Pedro estava à porta.
Acreditavam que a menina estava fora de si. Mas ela confirmava que era Pedro. E os demais da casa afirmavam que devia ser o seu anjo (Pedro em corpo espiritual).
Pedro permaneceu batendo à porta, e quando abriram surpreenderam-se pela sua presença.
Pedro relatou todo o acontecido, e que como fora liberto pelo anjo do Senhor.
 
Herodes puniu os soldados que não guardaram Pedro, permitindo sua fuga.
E o rei, orgulhoso de seu poder e desejando ser glorificado por seus súditos, enquanto estava assentado no tribunal, falava e o povo exclamava:” Voz de Deus, e não de homem!”.
No mesmo instante o anjo feriu Herodes, por que quis glória para si e não glorificou a Deus, e comido de bichos, o rei expirou.
 
Crescia o anúncio da palavra de Deus, multiplicando-se por toda parte.
E Barnabé e Saulo voltaram de Jerusalém levando consigo João Marcos.
 
A voz do anjo rompe as cadeias e liberta da prisão...
A voz do homem que gloria a si mesmo é destruição e morte.
 
Que caiam as cadeias de toda e qualquer opressão!
 
 

domingo, 19 de janeiro de 2014

EM ANTIOQUIA: CRISTÃOS





“(...) e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos (...)”.

 (Atos, 11; 1-30).

 
O relato que em Antioquia os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos nos faz refletir que acima dos rótulos e convenções humanas está a essência do ensino e do exemplo. 


 
Simão Pedro retorna a Jerusalém, e os que eram da circuncisão discutiam com ele porque tinha ido à casa dos gentios e sentado à mesa com eles.
Pedro fez longa exposição explicando todos os antecedentes da situação, e como os gentios também haviam recebido o Espírito Santo da mesma forma que os judeus. Relembrando as palavras de Jesus, Pedro declara que se João batizara com água; eles seriam batizados com o Espírito.
Pedro conclui que se Deus assim concedera aos gentios quem eram eles para resistirem? Os da circuncisão se acalmaram, reconhecendo que até os gentios Deus chamava ao arrependimento para a vida.
Os seguidores de Jesus que estavam dispersos desde a perseguição promovida após a morte de Estêvão caminharam até a Fenícia, Chipre e Antioquia. Em princípio, anunciavam o evangelho somente para os judeus.
Alguns varões cíprios e cirenenses, no entanto, entrando em Antioquia, falavam aos gregos ensinando a boa nova de Jesus. E Deus estava com eles, e um grande número creu e se converteu ao Senhor Jesus.
Estes acontecimentos chegaram ao conhecimento da igreja em Jerusalém; e enviaram Barnabé para Antioquia. Chegando à cidade, Barnabé confirmou a presença da graça de Deus entre eles, alegrou-se e aconselhou que permanecessem na fé com propósito do coração.
Barnabé era um homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé. E na sua presença muita gente aceitou Jesus.
Barnabé partiu para Tarso em busca de Saulo. Encontrando-o, o conduziu para Antioquia.
Por um ano inteiro, Barnabé e Saulo se reuniram na igreja em Antioquia, ensinando a muitos.
E foi em Antioquia, que pela primeira vez os discípulos foram chamados de cristãos.
Cristão: seguidor de Jesus.
Quem segue caminha no mesmo passo. Acompanha o roteiro. Percorre a mesma trilha.
Naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.
Um deles, de nome Ágabo, anunciava pelo Espírito, que haveria um grande período de fome e privações, o que aconteceu no tempo de Cláudio César.
Os discípulos se organizaram para que, segundo a possibilidade de cada um, fosse enviado auxílio, em socorro aos irmãos que estavam na Judéia.
Assim fizeram, enviando ajuda aos anciãos pelas mãos de Barnabé e Saulo.
 
Por meio de Barnabé e Saulo: o ensino e o auxílio.
Como convém aos verdadeiros cristãos.
Palavra cativante e mãos operantes.
A senha do cristão no mundo é o amor e a renúncia.
Fazer-se tudo por todos.
 
Cristão: seguidor de Jesus.
Quem segue caminha no mesmo passo. Acompanha o roteiro. Percorre a mesma trilha.
 
Ser cristão não é um rótulo. Ser cristão é um modo de estar no mundo.
Façamo-nos dignos desta condição.

 
 

domingo, 12 de janeiro de 2014

BATISMO DOS GENTIOS




“(...) Reconheço por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas (...)”.

 (Atos, 10; 1-48).

 
    O batismo do centurião Cornélio, de seus familiares e amigos demonstra que Deus estende seu chamado a todos.



Em Cesaréia havia um centurião por nome Cornélio, que pertencia a corte chamada italiana. Ele e sua família eram conhecidos pela piedade e pelo respeito a Deus, auxiliando os pobres em suas necessidades.

Certo dia, próximo às treze horas, o centurião teve a visão de um anjo de Deus, que dizia a Cornélio para enviar homens a Jope para chamar até Cesaréia Simão Pedro, que estava na casa de Simão, o curtidor.

O centurião chamou dois de seus criados e um soldado que estavam ao seu serviço, contou-lhes sobre a visão do anjo, e os enviou até Jope.

No dia seguinte, já estando perto os enviados do centurião, Simão Pedro, próximo ao meio-dia, enquanto aguardava o preparo da sua refeição, subiu ao terraço para orar. Então lhe sobreveio um arrebatamento dos sentidos, e ele viu o céu aberto e a descida de um vaso como se fosse um grande lençol amarrado pelas quatro pontas vindo para a terra.

Havia dentro do vaso toda espécie de animais: quadrúpedes, répteis e aves.

E uma voz lhe dizia: “Levanta-te, Pedro, mata e come”.

Pedro respondeu: “De modo algum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda”.

A voz tornou a dizer: “Não faças tu comum ao que Deus purificou”.

Por três vezes a cena se repetiu, e o vaso tornou a recolher-se no céu.

Enquanto Pedro duvidava, tentando entender aquela visão, os enviados do centurião chegaram a residência de Simão, o curtidor, perguntando por Pedro.

Disse, então, o Espírito a Simão Pedro que três homens o esperavam, que ele deveria levantar-se, descer do terraço e acompanhá-los até Cesaréia.

Os enviados do centurião explicaram porque estavam ali, falaram sobre a visão de Cornélio, e aquilo que o anjo havia dito.

Pedro os convidou para pernoitarem naquela casa, e no dia seguinte partiram para Cesaréia.

Cornélio estava esperando Pedro. O centurião havia convidado seus parentes e amigos mais íntimos.

Simão Pedro foi recebido com grande alegria por Cornélio e pelos demais convidados.

O centurião voltou a narrar a visão que teve do anjo que ordenou que ele chamasse Pedro ali.

Diante de todos, Cornélio pede para Pedro dizer o que Deus pedira ao apóstolo para anunciar àquele grupo de estrangeiros. Pedro faz um breve discurso, inspirado pelo Espírito, anuncia que Deus não fazia separação de pessoas, e que judeus e gentios eram chamados ao mesmo mandato.

Pedro resumiu a vida e exemplificação de Jesus, anunciando o Cristo predito na palavra dos profetas.

Neste momento, o dom do Espírito veio sobre todos os gentios que estavam naquele recinto, e começaram a falar em línguas e a adorar a Deus.

Pedro concluiu: “Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam, como nós, o Espírito Santo?”.

Simão Pedro manda que todos sejam batizados em nome do Senhor. E ele ficou naquela casa por alguns dias.

 

E que homem dirá a quem o Espírito deve conceder os seus dons?

Toda separação dos filhos de Deus é obra humana.

Deus chama a todos, sem distinção de qualquer espécie.

Diante do Pai não há judeus, nem gentios. Há uma só humanidade convocada ao evangelho por Cristo Jesus.

domingo, 5 de janeiro de 2014

NA ESTRADA DE DAMASCO




“(...) este é para mim um vaso escolhido, para levar meu nome diante dos gentios, dos reis, e dos filhos de Israel (...)”.

 (Atos, 9; 1-43). 
 

    A conversão de Saulo na estrada de Damasco é uma reafirmação de que a vontade de Deus está acima dos desejos humanos.


Saulo respirava ameaças e mortes contra os discípulos de Jesus...

Foi ao encontro do sumo sacerdote para lhe pedir cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse seguidores de Jesus, pudesse prendê-los, conduzindo-os para Jerusalém.

Partiu Saulo com outros varões para Damasco...

Indo no caminho, próximo à cidade, de repente o cercou um resplendor de luz do céu. Saulo caiu por terra, e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”

Saulo quis saber quem é que falava com ele. E a voz se identificou: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”.

O Mestre ressuscitado fora chamar pessoalmente o perseguidor às portas de Damasco. Alertando-o que não mais adiantava fugir ao chamado. A hora era chegada...

“Senhor, que queres que eu faça?” – indaga Saulo.

E esta pergunta se repetiria por tantas outras vezes, pois a partir dali a vida de Saulo estava entregue a Jesus.

Jesus pede a Saulo que entre em Damasco, e lá lhe seria dito o que fazer.

Saulo ergueu-se e percebeu que estava cego. Àqueles que o acompanhavam, sem entender o que havia acontecido (a visão fora apenas de Saulo) o conduziram até Damasco.

Por três dias o doutor da lei esteve sem ver. Também não comeu, nem bebeu. A aparição de Jesus fora-lhe impactante.

Também, em visão, Jesus apareceu ao discípulo Ananias que residia em Damasco. Pede para Ananias ir ao encontro de Saulo, na hospedaria de Judas, à rua direita, e que procurasse por um homem de Tarso, chamado Saulo, que se encontrava hospedado.

Ananias conhecia a fama de perseguidor de Saulo, em Jerusalém. Jesus, no entanto, revela que Saulo fora escolhido por Ele, para anunciar o seu nome, e que mostraria a Saulo o quanto deveria padecer para cumprir sua missão...

Ananias foi ao encontro de Saulo, lhe impôs as mãos, e logo lhe caíram como que escamas de seus olhos, e Saulo recuperou a vista, e, levantando-se foi batizado.

 

Após alguns dias em companhia dos discípulos de Jesus, em Damasco, Saulo foi para as sinagogas, pregando que Jesus era o Filho de Deus. Os que o ouviam, estavam surpresos, pois o conheciam como perseguidor daqueles ensinos.

Os judeus ficaram furiosos com a deserção de Saulo, e intencionavam matá-lo. Saulo ficou sabendo do plano, e que os judeus guardavam as portas da cidade, de dia e de noite para pegá-lo. Os discípulos, porém, tomaram Saulo de noite, e o desceram pelo muro, dentro de um cesto. Dali ele fora encaminhado por Barnabé para Jerusalém.

Em Jerusalém, Saulo foi recebido com temor pelos discípulos de Jesus, não crendo em sua conversão.

Era o início de suas duras provas...

“E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” – disse Jesus, e assim haveria de se cumprir.

 

No reverso da estrada de Damasco, Pedro confirmava os seus irmãos na fé.

Curou o paralítico Enéias, e ressuscitou a discípula Tabita, que estava enferma.

E estes acontecimentos ficaram conhecidos em toda a cidade de Jope, e muitos acreditaram em Jesus por isto.

 

O que a vontade de Deus manifesta, homem algum entrava.

Vasos escolhidos... vasos cheios do Espírito!