"Digno - tornou-se torpe.
Altivo - sentiu-se nefasto.
Nobre - fez-se biltre.
Burilam os arautos o verbo,
carece nova direção"
Tão vil quanto o ímpio
a miragem cegou olhares
Contempla seu fascínio,
lança o arpão aos mares
Fisga incrédulos,
vãos confrades
Esperam séculos,
em liberdade
Ardil paira,
sombra em vista
Cultiva seara:
flor e conquista
Sorvem o cálice,
rasgam véus
Violam mausoléus,
descobertos abrem-se
Fecundam às noites,
trêmula bandeira
Castram-se açoites,
manhã clareia...
NOTA DO AUTOR:
A liberdade imantada ao determinismo.
Opondo-se ao ilusório sentido da liberalidade sem restrição, o texto sugere a seguinte reflexão:
Livre arbítrio e determinismo coexistem?
A resposta afirmativa repousa no argumento de que toda ação é causa, e livre escolha. Ao mesmo tempo, a escolha determina o efeito e suas consequências.
Conquistamos parcelas gradativas de liberdade à medida que reeducamos nossa mente para a ação responsável.
Quando não há desprendimento nos tornamos cativos.
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