“(...) E vendo uma figueira a beira do caminho, dela se
aproximou, e não achou nela senão folhas; e disse-lhe: Nunca, jamais nasça de
ti frutos, no mesmo instante secou a figueira...”.
(Mateus, 21; 18-22.) – (Lucas,
13; 6-9)
A parábola da figueira
estéril é um alerta contra as ilusões da aparência.
Tenho
fome...
Dá-me
de comer!
A
figueira à beira do caminho é esperança de provimento.
Tenho
fome...
Dá-me
de comer!
No
entanto, na figueira há somente folhas. Nem um único fruto?!
Figueira
estéril... Anomalia vegetal!
Permaneço
com fome.
E
se ao invés de frutos procurasse palavras?
Alimentar
o corpo com a seiva do espírito.
Há
palavras na figueira para prover a alma?
Não...
a figueira é estéril!
Figueira
sem palavras... Anomalia humana!
Sem
frutos, sem palavras... apenas folhas.
Folhas:
órgãos apendiculares, de variadas formas, geralmente planas e de cor verde, se
desenvolvem no caule e nos ramos das plantas.
Tem
a folha a sua função...
Permite
que a planta transpire, realiza trocas gasosas e capta a luz solar.
Foto
sintetiza...
Libera
oxigênio.
Tem
a folha a sua função...
Mas,
a folha não alimenta!
E,
ainda tenho fome...
Dá-me
de comer!
Tivesse
a figueira fruto...
Deriva-se
do ovário das flores. Protegem a semente em desenvolvimento.
E
o fruto, este sim... alimenta!
Figueira
estéril, figueira sem frutos.
“Nunca,
jamais nasça de ti frutos,
no
mesmo instante secou a figueira”.
Como
pode secar a figueira repentinamente?
Onde
há fé não há dúvida.
Pedi
e recebereis.
A
folha embeleza, ornamenta, faz vista aos olhos. Mas... não alimenta!
Simboliza
a figueira a esterilidade, a ausência da obra, sem a qual a árvore (vegetal ou
homem) perde finalidade. E sem finalidade os meios perdem sentido.
E
sem sentido...
Aguarda-a
o fogo da expiação e da prova!
Só
no amor e com o amor damos frutos duradouros que saciam a fome de ser.
E
ser é o que se quer. Ser o que se é.
Fora
isto... figueira estéril!
Só
folhas... sem frutos.
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