domingo, 19 de maio de 2013

PRECEDAM-NOS, PUBLICANOS E MERETRIZES!





“(...) Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele respondeu: Irei, senhor; e não foi. E chegando ao segundo, disse-lhe o mesmo. Porém, este respondeu: Não quero; mais tarde, tocado de arrependimento, foi. (...)”.

 (Mateus, 21; 28-31.)
 

A parábola dos dois filhos reflete em torno do que se fala e do que se faz.



“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

“Irei; e não foi”.

“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

“Não quero; mais tarde... foi”.

 

Entre o que se fala e o que se faz há a intenção.

Quem fala e não faz anseia por reconhecimento.

Quem não fala, mas faz deseja liberdade.

O reconhecimento é conveniência humana.

A liberdade é lei divina.

Mover-se pelo reconhecimento denota vaidade.

Temer privar-se de liberdade revela hombridade.

Quem fala e não faz adultera o pensamento.

Quem não fala, mas faz enobrece a ação.

 

“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

“Irei; e não foi”.

“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

“Não quero; mais tarde... foi”.

 

Precedam- nos, publicanos e meretrizes!

Pois, há mais honra na marginália convertida do que na erudição dissimulada.                 

Entretempos... o aceite não é labor e a recusa não é impedimento.

A vinha recruta os seus trabalhadores...

O primeiro filho promete, mas não faz. Desertou sem obrar.

O segundo filho recusa, mas se dispõe. Arrependeu-se para obrar.

Qual dos dois fez a vontade do Pai?

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