“(...) Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele respondeu:
Irei, senhor; e não foi. E chegando ao segundo, disse-lhe o mesmo. Porém, este
respondeu: Não quero; mais tarde, tocado de arrependimento, foi. (...)”.
(Mateus, 21; 28-31.)
A parábola dos dois filhos reflete em torno
do que se fala e do que se faz.
“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.
“Irei; e não foi”.
“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.
“Não quero; mais tarde... foi”.
Entre o que se fala e o que se faz há a
intenção.
Quem fala e não faz anseia por
reconhecimento.
Quem não fala, mas faz deseja liberdade.
O reconhecimento é conveniência humana.
A liberdade é lei divina.
Mover-se pelo reconhecimento denota
vaidade.
Temer privar-se de liberdade revela hombridade.
Quem fala e não faz adultera o
pensamento.
Quem não fala, mas faz enobrece a ação.
“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.
“Irei; e não foi”.
“Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.
“Não quero; mais tarde... foi”.
Precedam- nos, publicanos e meretrizes!
Pois, há mais honra na marginália convertida
do que na erudição dissimulada.
Entretempos... o aceite não é labor e a
recusa não é impedimento.
A vinha recruta os seus trabalhadores...
O primeiro filho promete, mas não faz.
Desertou sem obrar.
O segundo filho recusa, mas se dispõe.
Arrependeu-se para obrar.
Qual dos dois fez a vontade do Pai?
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