domingo, 21 de julho de 2013

QUANDO A MALDIÇÃO TORNA-SE BÊNÇÃO




“(...) Olha, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste!”.

 (Marcos, 11; 12-14 – 19-21).
 

 A parábola da figueira que secou é a lição da coerência.


Atentai para a lição da figueira:

Suas raízes estavam fincadas em Betânia.

Procurara o Mestre por frutos: só folhas encontrara...

Ainda não era tempo de figos.

“Nunca, jamais coma alguém fruto de ti”.

Pois, se não era ainda tempo de figos, porquê a maldição?

Não há incoerência em cobrar frutos antes do seu tempo propício?

Oposta interpretação: coerente é secar o que não frutifica.

A estação propícia é a ocasião, não é condição para a colheita dos frutos.

Seria a primeira vez que passara o Mestre por aquela estrada em Betânia?

Por três anos percorrera a Palestina. Certamente já conhecera aquela figueira.

A observara em outras estações...

Figueira sem frutos. Em toda e em qualquer estação.

Os frutos são ofertados ao seu tempo. Mas a sua elaboração é anterior.

Os frutos são o resultado. A germinação, o cultivo e a adubação o determinam.

A figueira estava bem situada.

Nas costas do Mediterrâneo, entre o Vale do Jordão e o Mar Morto.

Terreno fértil para plantações.

Ali se encontrara a figueira.

E no entanto, o que ela ofertara?

Tronco, galhos e folhas... nunca, jamais um fruto!

A semente era estéril. Estava ausente a fertilidade.

A Lei que rege a produção de frutos na figueira é a mesma que produz no homem as boas obras.

Há frutos de árvores e frutos de almas.

Aprendamos com a lição da figueira. O sábio, também, se instrui com os erros alheios.
 
É quando a maldição torna-se bênção.

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