“(...) Olha, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste!”.
(Marcos, 11; 12-14 – 19-21).
A parábola da figueira que secou é a lição
da coerência.
Atentai para a lição da figueira:
Suas raízes estavam fincadas em
Betânia.
Procurara o Mestre por frutos: só
folhas encontrara...
Ainda não era tempo de figos.
“Nunca, jamais coma alguém fruto
de ti”.
Pois, se não era ainda tempo de
figos, porquê a maldição?
Não há incoerência em cobrar
frutos antes do seu tempo propício?
Oposta interpretação: coerente é
secar o que não frutifica.
A estação propícia é a ocasião,
não é condição para a colheita dos frutos.
Seria a primeira vez que passara o
Mestre por aquela estrada em Betânia?
Por três anos percorrera a
Palestina. Certamente já conhecera aquela figueira.
A observara em outras estações...
Figueira sem frutos. Em toda e em
qualquer estação.
Os frutos são ofertados ao seu
tempo. Mas a sua elaboração é anterior.
Os frutos são o resultado. A
germinação, o cultivo e a adubação o determinam.
A figueira estava bem situada.
Nas costas do Mediterrâneo, entre
o Vale do Jordão e o Mar Morto.
Terreno fértil para plantações.
Ali se encontrara a figueira.
E no entanto, o que ela ofertara?
Tronco, galhos e folhas... nunca,
jamais um fruto!
A semente era estéril. Estava
ausente a fertilidade.
A Lei que rege a produção de
frutos na figueira é a mesma que produz no homem as boas obras.
Há frutos de árvores e frutos de
almas.
Aprendamos com a lição da figueira.
O sábio, também, se instrui com os erros alheios.
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