“(...) Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma
ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com meus amigos...”.
(Lucas, 15; 11-32).
A parábola do filho pródigo nos mostra a
caridade infinita de Deus, ensinando-nos o acolhimento sem ressalvas.
Um homem
tinha dois filhos...
Um foi
pródigo, o outro obediente.
O pródigo
era o mais moço, e este pediu ao Pai sua parte nos bens.
O Pai
repartiu seus haveres entre ambos.
De posse da sua
herança, o pródigo partiu para um país longínquo.
Passou a
viver de forma dissoluta.
Dissipou e
consumiu todos os seus bens.
Sobrevieram
tempos difíceis...
A miséria, a
fome e a solidão visitaram o filho pródigo.
Caiu em
si...
“Os
jornaleiros de meu Pai tem fartura de pão, e eu morrendo de fome!”
“Vou ao
encontro de meu Pai!”
“Pai pequei
contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado de teu filho...”
O Pai teve
compaixão do filho.
O abraçou, e
o beijou. O acolheu.
Pediu o Pai
aos seus servos:
“Trazei ao
meu filho: roupa, anel e sandálias”.
“Comamos o
novilho cevado. Alegremo-nos!”
“Meu filho
era morto e reviveu. Estava perdido e se achou”.
E o filho
obediente?
Este ficou
sabendo do retorno do seu irmão pródigo, e indignou-se.
Voltava do
trabalho no campo, e ouviu a música e a dança.
Estavam em
festa pelo retorno do pródigo.
O filho obediente
não quis entrar na festa.
Acreditava-se
injustiçado. Por tantos anos servira ao seu Pai sem transgredir seus mandamentos,
e nunca teve um festejo como aquele...
A obediência
era egoísmo.
Lembrai! O
Pai repartira os seus haveres entre ambos.
O pródigo dissipou
a herança.
E obediente
o que fizera da sua parte?
Pois, se
ainda vivia à custa do Pai...
Sua
obediência exigia recompensa, e era incapaz de acolher.
Antes reteve
os bens repartidos, para usufruir o que pertencia ao Pai.
O obediente
julgara-se melhor do que o pródigo. Mas este tivera a humildade do
arrependimento, e aquele era incapaz de repartir.
Dois filhos
a representar duas faces humanas:
A
prodigalidade e o egoísmo.
Os dois o
Pai orientou.
Ao pródigo
ensinou o recomeço. Ao obediente a caridade.
Regozijemo-nos,
pois é assim que o Pai revive o que estava morto, e acha o que estava perdido!
Vigiemos
para que nossa obediência não seja engano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário