domingo, 3 de novembro de 2013

SER-ME-EIS TESTEMUNHAS


Azulejos em Lama, Barcelos, Portugal
 
 
“(...) e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra”.
 (Atos, 1; 1-14).
 
O relato da ascensão de Jesus traz orientações preciosas para o testemunho cristão.
 
Atos dos apóstolos é o tratado sobre as ações e os ensinos de Jesus após a ressurreição, até o momento em que ascende ao céu.
O relato segue com as ações dos apóstolos, designados pelo Cristo para prosseguir o seu ministério, sob a sua inspiração do Espírito.
Após ter padecido na cruz, Jesus apresentou-se vivo, para várias testemunhas oculares no espaço de quarenta dias. Durante este período, continuou a instruir acerca do reino de Deus.
Jesus determinou aos seus apóstolos que não saíssem de Jerusalém, mas que aguardassem a sua promessa sobre o batismo do Espírito.
Até João Batista, cumpriram-se os ritos judaicos, do batismo com água, símbolo do arrependimento e do compromisso de renovação. No entanto, com Cristo, o batismo tomara nova feição. Passaria a ser sentido como uma imersão interior, a busca constante para afinar a sintonia com os dons espirituais.
Os seguidores do Cristo ressuscitado anseiam pelo tempo em que o reino dos céus será restaurado. Jesus sempre prudente, e conhecedor da psicologia humana, orienta para o trabalho que aguarda o discípulo, rechaçando a forma mística da espera sem esforço. Esclarece que não cabe ao homem datar os tempos preditos, mas, sim contribuir para a edificação do reino com sua dedicação, e com a vivência do amor por ele prescrito como mandamento maior da Lei.
“(...) Ser-me-eis testemunhas (...) até os confins da terra” – este é o pedido particular de Jesus a todos os seus discípulos.
Mensagem atual e de imenso significado para as relações sociais e para as respostas aos conflitos íntimos aos quais somos convocados a viver pelos imperativos das provas e das expiações.
Na narrativa apostólica é possível visualizar o momento da ascensão de Jesus, elevando-se às alturas, com seu corpo celeste, ocultando-se aos olhos dos que o avistavam.
Dois varões vestidos de branco se apresentam... Anjos corporificados? – novamente incentivam os discípulos a ação. Orientam para não olharem para o céu, porque da mesma forma que fora recebido no céu, voltaria o Mestre, quando os tempos fossem cumpridos.
Voltaram os apóstolos a Jerusalém, subiram ao cenáculo, onde habitavam: Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, de Tiago. Com eles perseveravam em oração, as mulheres, Maria, mãe de Jesus, e seus irmãos.
E em todos ficara a mesma palavra, semeada no coração:
“(...) Ser-me-eis testemunhas (...)”.
 


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