“(...) E lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E,
por voto comum, foi contado com os onze apóstolos”.
(Atos, 1; 1-26).
A escolha de Matias para recompor o grupo
dos apóstolos ensina sobre a insensatez das disputas e personalismos.
“Sejam
poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício”
–
(Salmos 109, 8).
Pedro
levanta-se no meio de uma multidão de quase cento e vinte pessoas, e toma a
palavra diante dos discípulos. Assevera que convinha que as Escrituras fossem
cumpridas acerca de Judas Iscariotes, que guiara àqueles que prenderam Jesus.
Judas
faliu em sua tarefa, entregando-se as sugestões da iniquidade.
Adquiriu
como prêmio de sua traição, um campo, que era chamado de Acéldama, que quer
dizer, campo de sangue. Nele precipitou- se, tirando a própria vida.
Deserta
ficou sua habitação, e nela não houve quem a habitasse.
O
grupo apostólico carecia que outro tomasse o seu bispado.
A
escolha se daria entre dois discípulos que estiveram junto ao grupo desde o
batismo de João até a ascensão de Jesus, sendo testemunha dos dias do Messias.
Dois
eram os nomes: José, chamado Barsabás, tendo por sobrenome Justo, e Matias.
Ocasião
para disputas e exaltação das personalidades de cada um?
Não...
Aprendamos com os apóstolos. O recurso adotado para santificar a escolha fora a
oração.
Pedro
pede ao Senhor, que conhece a fundo o coração dos homens, qual dos dois, era o
escolhido.
Não
era a ocasião de se discutir mérito, conhecimento ou qualidades pessoais. A
escolha não era uma eleição entre Barsabás e Matias. Pedro pedira ao Senhor que
apontasse pela inspiração do momento, qual dos dois era o chamado ao
apostolado.
Simão
Pedro evocara a graça divina. Dom gratuito, quem não se compra, nem se vende.
Lição
preciosa para todos os tempos...
A
sorte (graça) repousara sobre Matias. E por voto comum fora aprovado para
compor o grupo.
Matias
tomou parte neste ministério, tornando-se o décimo segundo apóstolo, vindo após
Judas.
Apóstolo
póstumo.
OBS: Segundo
a tradição cristã Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e, depois na Etiópia.
Sofreu perseguição e foi martirizado, morrendo apedrejado e decapitado em
Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus.
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