domingo, 20 de abril de 2014

NO TRIBUNAL DE FÉLIX




“(...) E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens (...)”.

 (Atos, 24; 1-27).
 

Quando julgados pelos homens, os cristãos devem comparecer com o testemunho da boa consciência.


Depois de cinco dias, Ananias, o sumo sacerdote compareceu diante do governador Félix, acompanhado de anciãos e de um certo orador chamado Tertulo.

Tertulo acusou Paulo de seduzir os judeus de todo o mundo com as ideias da seita dos nazarenos. Profanando o templo, sendo por isso preso e levado a julgamento.

Os anciãos judeus que compareciam ao tribunal também confirmavam as acusações do orador.

Paulo pede a palavra para responder as acusações. Conta que não há mais de doze dias tinha subido até Jerusalém para adorar no templo. Que não foi visto amotinando o povo nas sinagogas ou na cidade. Portanto não havia provas contra ele.

Mas, confessa o seguinte: Que segundo o Caminho que chamavam de seita, servia a Deus, crendo em tudo que estava escrito na lei e nos profetas. Tendo esperança, assim como fora ensinado em toda Escritura que há de haver ressurreição de mortos, tanto dos justos como dos injustos.

E por isto mantinha sua consciência sem ofensa diante de Deus e dos homens.

Tendo comparecido ao templo para trazer ofertas e esmolas, e não para fazer ajuntamentos e alvoroços junto aos homens.

Pede para os judeus acusadores apontarem qual foi o mal que causara, tendo já comparecido até mesmo diante do conselho da sinagoga.

No entanto, confirma que estando entre eles clamava: Era julgado por eles acerca da ressurreição dos mortos!

O governador Félix, após ouvir Paulo, diz que desejava se informar melhor junto ao tribuno Lísias sobre as ideias do Caminho, e que só então tomaria inteiro conhecimento da questão.

Mandou que o centurião guardasse Paulo na prisão, tratando-o com brandura, e que não fosse impedido de ter contato com aqueles que o visitassem.

Dias depois, o governador Félix estando com sua mulher, Drusila, que era judia, mandou chamar Paulo para que falasse acerca de sua fé em Cristo. Paulo lhes falou sobre a justiça, a temperança e o juízo vindouro, ao que Félix respondeu espavorido que Paulo podia voltar para a prisão, naquele momento, e que depois tendo oportunidade, o chamaria.

Mas, Félix esperava que Paulo lhe oferecesse dinheiro para ser solto, e por isto, o chamou muitas vezes, e falava com ele.

Passados dois anos, Félix foi sucedido pelo governador Pórcio Festo, e querendo Félix agradar aos judeus, manteve Paulo preso.

 

Diante dos tribunais humanos o cristão comparece com o argumento da boa palavra; evocando em seu íntimo a justiça divina para manter-se íntegro e incorruptível em face dos desmandos do mundo.

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