domingo, 4 de maio de 2014

PAULO PERANTE AGRIPA



“(...) Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. (...)”.
 (Atos, 26; 1-32).


Anunciar o evangelho perante os reis da terra é convocá-los às responsabilidades diante de Deus.



No auditório diante dos tribunos e principais da cidade, do presidente Festo e do rei Agripa, Paulo responde a permissão do rei para que se defendesse das acusações que lhe foram feitas pelos judeus sobre a sua pregação acerca do Cristo ressuscitado:

“Alegre estou rei Agripa por poder defender-me perante ti de todas as acusações que fazem os judeus. Em sei que conheces todos os costumes e questões judaicas. Rogo que me ouça com paciência.”

“A minha vida tem sido desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, e todos judeus a sabem. Conforme a mais severa seita da nossa religião. Vivi fariseu.”

“E agora pela esperança da promessa feita por Deus aos nossos pais, aqui estou para ser julgado. Esperança à qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus de noite e de dia, e pelo cumprimento desta esperança, Rei Agripa, sou acusado pelos judeus!”

“Pois, julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?”

“Bem o sei que contra o nome de Jesus, o nazareno, eu mesmo pratiquei muitos atos, em Jerusalém. Tendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei nas prisões muitos dos santos, e quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.”
 
“Eu os castigava por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido contra eles, os persegui nas cidades vizinhas”.
 
“Indo a Damasco, com poder e comissão dos principais dos sacerdotes para isto, ao meio dia, vi, ó rei, uma luz do céu que excedia o esplendor do sol, cuja claridade envolveu a mim e aos que comigo iam”.
 
“E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Duro é para ti teimar contra os aguilhões!”
 
“E disse eu: Quem és, Senhor? E a voz respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues”.
 
“Levanta-te e põe-te sobre os teus pés, porque te apareci para isto, para te pôr como ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto, quanto daquelas pelas quais te aparecerei ainda. Livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio, para lhe abrires os olhos e das trevas os converteres à luz, afim de que recebam à remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.”
 
“Pelo que não fui, ó rei Agripa, desobediente à visão celestial. Anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento. E por causa disto, os judeus lançaram mão de mim no templo, e procuravam me matar.”
 
“Mas, o socorro de Deus me alcançando, permaneço dando testemunho tanto a pequenos, quanto aos grandes, não dizendo mais do que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, anunciando isto ao povo e aos gentios”.
 
Ouvindo isto, o governador Festo, disse em alta voz: “Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!”
 
Ao que o apóstolo respondeu: “Não deliro, ó potentíssimo Festo! Antes, digo palavras de verdade e de um são juízo. Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe de todas estas coisas, porque ele bem as conhece”.
 
“Crê tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês”.
 
O rei, perturbado com aquelas palavras de Paulo, respondeu: “Por pouco me queres convencer a ser cristão!”.
 
Conclui Paulo: “Quisera Deus, que por pouco ou por muito, não somente tu, rei Agripa, mas todos quantos hoje estão ouvindo, se tornassem cristãos, tal qual eu sou, exceto as algemas”.

Ouvindo isto, levantaram-se o rei, o presidente Festo, e Berenice, e os que estavam com eles assentados. E saindo dali, diziam uns com os outros: “Este homem não é digno de morte ou prisões”.
 
E o rei Agripa comentou com Festo que bem podia soltar aquele homem, se não houvera apelado para César.


O testemunho cristão é o ousado anúncio de que a vida venceu a morte. Levantar os homens do sepulcro das paixões humanas e revelar-lhes a salvação eterna que alcançamos por meio do Cristo Jesus é a mensagem de ontem e de hoje, até a consumação dos séculos.

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