“... O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas
Santas Escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi
segundo a carne...” (ROMANOS, 1, 2-3).
“... O qual antes havia prometido
pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho...”.
Deus fizera uma promessa pela boca de
Moisés e dos seus profetas. Enviaria-nos um Messias, para que a sua vontade
estivesse personificada entre nós.
A voz de Deus se fez presente neste
mundo através das palavras do Cristo. A vontade do Criador foi cumprida diante
dos homens pelos atos do seu Santo Filho.
Jesus cumpriu integralmente as Escrituras
trazendo até nós a mensagem imorredoura do Amor.
Foi este o maior acontecimento da
história humana sobre a Terra, embora tantos tenham desprezado a mensagem à sua
época, como ainda ocorre dos dias de hoje.
Os hebreus aguardavam um rei
conquistador que os libertaria do jugo romano, e lhes daria a supremacia entre
as nações. Em verdade, nada entenderam. Quiseram vestir a dádiva divina da
presença do Messias, com uma roupagem de ideias desvirtuadas, representando os
desvarios do entendimento imperfeito que carregamos, apegando-nos ao poder
material, esquecendo-nos do adiantamento moral de que carecemos.
Uma promessa exige pelo menos dois
interlocutores: aquele que promete e aquele que recebe a promessa. Aquele que
promete, com boa intenção, o faz com base na sua vontade de que a situação
prometida se cumpra. Àquele que recebe a promessa resta crer, aceitando o prometido
como situação futura. Podemos não crer, e neste caso, ainda que a promessa se
cumpra, não a reconheceremos, pois, sequer estamos predispostos a recebê-la.
Aquele que crê (se mantém fiel),
cumpre esperar.
Deus cumpriu sua promessa.
Jesus nasceu. E o Amor veio habitar
entre nós.
“... que nasceu da descendência de
Davi segundo a carne”.
Segundo a carne, Jesus revestiu a
forma humana para nos revelar a verdade que vem do Alto, pois esta verdade é
Deus.
Compreender a natureza Ãntima de Deus
nos é ainda impossÃvel. É um sentido que nos falta. Temos sentidos humanos:
visão, audição, tato, gustação e olfato. Mas, para entender Deus temos que
sentir pra além das percepções humanas. É um exercÃcio espiritual de
sensibilização da alma.
O único Mediador que possuÃmos para
entender a vontade, o poder e a sabedoria de Deus é Jesus Cristo.
Fora dele a sapiência e a falsa
ciência dos homens nada podem. Há orgulhosos que mal aceitam a existência de um
poder superior aos éditos dos poderosos da Terra. Insensatos! Os decretos
divinos não pedem licença à vaidade humana, e se cumprem, ainda que diante dos
nossos olhos incrédulos que insistem em não ver.
Olhos de ver, ouvidos de ouvir...
Mas, pra além dos sentidos fÃsicos!
O Cristo fala ao nosso sentimento,
abrindo à razão um vasto campo de aprendizado pelas vias da intuição
espiritual.
Nascido entre a descendência de Davi,
pois assim fora predito que viria o Messias, Jesus, no entanto, não pode ser
analisado dentro dos limites de uma genealogia orgânica.
Não. A genealogia do Cristo se perde na noite
da eternidade. Nas origens sagradas e espirituais do princÃpio.
E o Verbo (Palavra), Deus em ação, se
fez carne (Filho homem) e tabernaculou (habitou na tenda-corpo) entre nós.
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