domingo, 8 de junho de 2014

SEGUNDO A CARNE



“... O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne...” (ROMANOS, 1, 2-3).



“... O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho...”.
 
Deus fizera uma promessa pela boca de Moisés e dos seus profetas. Enviaria-nos um Messias, para que a sua vontade estivesse personificada entre nós.
A voz de Deus se fez presente neste mundo através das palavras do Cristo. A vontade do Criador foi cumprida diante dos homens pelos atos do seu Santo Filho.
Jesus cumpriu integralmente as Escrituras trazendo até nós a mensagem imorredoura do Amor.
Foi este o maior acontecimento da história humana sobre a Terra, embora tantos tenham desprezado a mensagem à sua época, como ainda ocorre dos dias de hoje.
Os hebreus aguardavam um rei conquistador que os libertaria do jugo romano, e lhes daria a supremacia entre as nações. Em verdade, nada entenderam. Quiseram vestir a dádiva divina da presença do Messias, com uma roupagem de ideias desvirtuadas, representando os desvarios do entendimento imperfeito que carregamos, apegando-nos ao poder material, esquecendo-nos do adiantamento moral de que carecemos.
Uma promessa exige pelo menos dois interlocutores: aquele que promete e aquele que recebe a promessa. Aquele que promete, com boa intenção, o faz com base na sua vontade de que a situação prometida se cumpra. Àquele que recebe a promessa resta crer, aceitando o prometido como situação futura. Podemos não crer, e neste caso, ainda que a promessa se cumpra, não a reconheceremos, pois, sequer estamos predispostos a recebê-la.
Aquele que crê (se mantém fiel), cumpre esperar.
Deus cumpriu sua promessa.
Jesus nasceu. E o Amor veio habitar entre nós.


“... que nasceu da descendência de Davi segundo a carne”.
 
Segundo a carne, Jesus revestiu a forma humana para nos revelar a verdade que vem do Alto, pois esta verdade é Deus.
Compreender a natureza íntima de Deus nos é ainda impossível. É um sentido que nos falta. Temos sentidos humanos: visão, audição, tato, gustação e olfato. Mas, para entender Deus temos que sentir pra além das percepções humanas. É um exercício espiritual de sensibilização da alma.
O único Mediador que possuímos para entender a vontade, o poder e a sabedoria de Deus é Jesus Cristo.
Fora dele a sapiência e a falsa ciência dos homens nada podem. Há orgulhosos que mal aceitam a existência de um poder superior aos éditos dos poderosos da Terra. Insensatos! Os decretos divinos não pedem licença à vaidade humana, e se cumprem, ainda que diante dos nossos olhos incrédulos que insistem em não ver.
Olhos de ver, ouvidos de ouvir... Mas, pra além dos sentidos físicos!
O Cristo fala ao nosso sentimento, abrindo à razão um vasto campo de aprendizado pelas vias da intuição espiritual.
Nascido entre a descendência de Davi, pois assim fora predito que viria o Messias, Jesus, no entanto, não pode ser analisado dentro dos limites de uma genealogia orgânica.
 Não. A genealogia do Cristo se perde na noite da eternidade. Nas origens sagradas e espirituais do princípio.
E o Verbo (Palavra), Deus em ação, se fez carne (Filho homem) e tabernaculou (habitou na tenda-corpo) entre nós.

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