“PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado
para o evangelho de Deus...” (ROMANOS, 1, 1).
“... servo
de Jesus Cristo...”.
A condição
de servo indica a inteira submissão daquele que serve ao seu Senhor.
Paulo se
posiciona nesta condição diante de Jesus.
Outrora
perseguidor dos cristãos, sem creditar a si mesmo mérito algum para a obra que
construía à custa de lutas e lágrimas, Paulo entendia que o serviço com Jesus
era uma honra que somente a misericórdia divina poderia ter-lhe proporcionado.
O servo de
Cristo não pode valer-se de sua vontade pessoal. Sua liberdade humana está
condicionada ao apelo divino.
“... chamado
para apóstolo...”.
Mais do que
a convocação para servo, Paulo recebera o chamado para apóstolo.
Apóstolo
significa “aquele que é enviado”.
Paulo
recebera uma missão do Alto. Levar o evangelho aos gentios (estrangeiros), e
universalizar a mensagem do Cristo, retirando os judeus do falso conceito
exclusivista de escolhidos.
O evangelho
que Paulo recebeu do Cristo para divulgar em sua missão de apóstolo conclama
todos os homens, independente de suas origens, a aceitar pela fé e a viver pelo
amor a mensagem redentora da Boa Nova.
“...
separado para o evangelho de Deus”.
Há quem
creia que Paulo fez obra pessoal. No entanto, basta observar com atenção que o
ministério de Paulo é frequentemente amparado por forças superiores, caminha
sob a inspiração do Espírito, e é revelado por Jesus Cristo.
Tamanha é a
consciência do apóstolo da sua missão que ele não vacilou diante das imposições
e desvios dos homens, quando se opuseram ao seu apostolado. Paulo não se
intimidou, seguiu alheio a todo temor humano, confiante de que o Cristo seguia
diante.
Esta é uma
preciosa lição aos seguidores do evangelho na atualidade, quando pensamos, por
nossa pouca fé, que o trabalho do Cristo depende de nossas trêmulas mãos.
Nossas mãos, quando estão há serviço de Jesus, se fazem fortes e audaciosas,
pois os planos de Deus não podem repousar exclusivamente sobre a cabeça de
homens imperfeitos, tais como nós somos.
Se antes
Paulo, hebreu de nascença, pertencera à seita judaica dos Fariseus (que
significa “separado”) reconhece que esta era a sua condição atribuída por uma
doutrina interpretativa dos homens, mas que perante o evangelho, ele passava a
ser “separado”, distinto, posto à parte, para uma obra que não era segundo a
vontade dele, ou de nenhum outro homem, mas segundo a vontade imperativa de
Deus.
Servo,
apóstolo e separado para evangelho, Paulo se fez exemplo de vaso escolhido para
a obra do Criador, por intermédio de Jesus.
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