domingo, 8 de fevereiro de 2015

AUTOENGANO



“E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?”.


(ROMANOS, 2; 3)


Nossos atos dialogam conosco.
Falam dentro da casa consciência, nos convidando ao exame.
Autoexame...
Nós, conosco é tema central da renovação íntima.
Nosso olhar míope, no entanto, sobrevoa sem pousar no terreno da justiça.
Autoengano.

Julgamos os efeitos, desconhecendo as causas.
E, os que fazem “tais coisas”? – redargue o inquiridor da vida alheia.
“Tais coisas” são o abismo de nossas próprias quedas no passado, ou o silencioso e sutil convite do presente que nos chega pela hora vazia, sem que atentemos sobre os deslizes do verbo condenatório.
E nos comprometemos diante da lei...

“Fazendo-as tu” o que apontas no outro, pretendes qual medida pra ti mesmo?
A quem muito ama, muito se perdoa, quem pouco ama, pouco se perdoa.
Sentença do tribunal divino...
Onde está o justo?!
Reivindica o homem para si mesmo o direito sem o dever.
Concede generosas parcelas de permissão arbitrária aos seus desatinos.
Mas, entre credores e devedores há algum de comum interesse: a dívida.
O credor agita-se por cobrá-la, e ao devedor interessa prorrogá-la.
Quem será o árbitro desta demanda?

“... Escaparás ao juízo de Deus?”
Sugerimos castigo, e Deus nos concede a misericórdia!
Diante da justiça divina não somos nem credores, nem devedores:
Somos filhos.
E os filhos, Deus-Pai conduz com o Amor que educa.

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