“E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas
que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?”.
(ROMANOS, 2; 3)
Nossos atos dialogam conosco.
Falam dentro da casa consciência, nos
convidando ao exame.
Autoexame...
Nós, conosco é tema central da
renovação íntima.
Nosso olhar míope, no entanto,
sobrevoa sem pousar no terreno da justiça.
Autoengano.
Julgamos os efeitos, desconhecendo as
causas.
E, os que fazem “tais coisas”? –
redargue o inquiridor da vida alheia.
“Tais coisas” são o abismo de nossas próprias
quedas no passado, ou o silencioso e sutil convite do presente que nos chega
pela hora vazia, sem que atentemos sobre os deslizes do verbo condenatório.
E nos comprometemos diante da lei...
“Fazendo-as tu” o que apontas no
outro, pretendes qual medida pra ti mesmo?
A quem muito ama, muito se perdoa,
quem pouco ama, pouco se perdoa.
Sentença do tribunal divino...
Onde está o justo?!
Reivindica o homem para si mesmo o
direito sem o dever.
Concede generosas parcelas de
permissão arbitrária aos seus desatinos.
Mas, entre credores e devedores há
algum de comum interesse: a dívida.
O credor agita-se por cobrá-la, e ao
devedor interessa prorrogá-la.
Quem será o árbitro desta demanda?
“... Escaparás ao juízo de Deus?”
Sugerimos castigo, e Deus nos concede
a misericórdia!
Diante da justiça divina não somos
nem credores, nem devedores:
Somos filhos.
E os filhos, Deus-Pai conduz com o Amor
que educa.
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