“Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e
longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?”.
(ROMANOS, 2; 4)
Inúmeras vezes valendo-nos de
condicionamentos milenares nos inclinamos ao desprezo.
Quem preza gosta, se afeiçoa, cria
vínculo.
Desprezar é desfazer este enlace do
sentimento.
Diante do Pai Eterno nos encontramos
na condição do filho a quem é concedida a dádiva, por vezes, imerecida, mas com
o claro objetivo de oportunizar a regeneração.
E o que se dirá do filho que renega o
auxílio amoroso do Pai?
A ingratidão ainda nos caracteriza.
A bondade de Deus é riqueza que não
perece.
Benignidade que nos socorre sem privilégios,
que visa o aperfeiçoamento e a bênção do recomeço.
Deus é bom não porque nos favorece,
mas porque é justo, e ama a justiça.
E conhece nossas fraquezas...
É paciente e generoso diante de
nossas faltas.
Quem o amará na intensa profundidade
com que nos ama?
Deus é o eterno amor não
correspondido.
Ignorar a sábia bondade do Pai a
nosso respeito é abrir mão de estreitar nossa relação com Ele.
Relacionar-se com Deus pede
intimidade, cumplicidade, leal observação dos seus preceitos.
Mas, e se permanecemos em queda?
O mesmo Deus nos perdoa, ama, e
concede o recomeço.
Pedagogia do sentimento, generosidade
que estimula.
O Amor de Deus nos constrange...
E constrangidos, no erro, no tempo
dado e marcado pela Providência, seremos reconduzidos.
O arrependimento é o reconhecimento
do amparo incondicional do Pai.
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