domingo, 15 de fevereiro de 2015

BENIGNO



“Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?”.


(ROMANOS, 2; 4)



Inúmeras vezes valendo-nos de condicionamentos milenares nos inclinamos ao desprezo.

Quem preza gosta, se afeiçoa, cria vínculo.

Desprezar é desfazer este enlace do sentimento.

Diante do Pai Eterno nos encontramos na condição do filho a quem é concedida a dádiva, por vezes, imerecida, mas com o claro objetivo de oportunizar a regeneração.

E o que se dirá do filho que renega o auxílio amoroso do Pai?

A ingratidão ainda nos caracteriza.

A bondade de Deus é riqueza que não perece.

Benignidade que nos socorre sem privilégios, que visa o aperfeiçoamento e a bênção do recomeço.

Deus é bom não porque nos favorece, mas porque é justo, e ama a justiça.
E conhece nossas fraquezas...

É paciente e generoso diante de nossas faltas.

Quem o amará na intensa profundidade com que nos ama?

Deus é o eterno amor não correspondido.

Ignorar a sábia bondade do Pai a nosso respeito é abrir mão de estreitar nossa relação com Ele.

Relacionar-se com Deus pede intimidade, cumplicidade, leal observação dos seus preceitos.

Mas, e se permanecemos em queda?

O mesmo Deus nos perdoa, ama, e concede o recomeço.

Pedagogia do sentimento, generosidade que estimula.

O Amor de Deus nos constrange...

E constrangidos, no erro, no tempo dado e marcado pela Providência, seremos reconduzidos.

O arrependimento é o reconhecimento do amparo incondicional do Pai.



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