domingo, 18 de novembro de 2012

ALEGORIA







A rosa de um poema não precisa ser vermelha
 
Pode ser, por assim dizer... descolorida
 
Não precisa estar no campo, no jardim
 
Pode estar na lama, no bruto lapidar
 
 
 
Inodora, se possível
 
para não envenenar
 
Uma rosa comestível, por que não?!
 
para matar a fome de amor
 
 
 
Uma rosa explosiva (radioativa)
 
pode trucidar
 
A rosa do poema tem urgência
 
de dignificar, desconstruir às avessas
 
 
 
A rosa antipoética refaz
 
a política ideia
 
de reconduzir
 
à lugar nenhum (fora de nós)
 
 
 
 
NOTA DO AUTOR:
 
 
A força dos símbolos como forma de representação do insconsciente.
 
A "rosa" do texto pode não ser flor. A palavra, como materialização do pensamento, deve estar livre de todo e qualquer condicionamento que limite a capacidade criativa, quando se pretende multiplicar signos linguísticos.
 
Toda arte nasce da necessidade de expressão. Para isto não carece de utilidade e nem de objetivo.
 
Há na subjetividade qualquer coisa de infinito que atrai, e mantém o sentido da vida.
 
 
 
 
 

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