Arranco o sal da sua boca
com um beijo esfacelado
Língua áspera, garganta rouca
Vitral colorido, estilhaçado
O cimento do silêncio
reproduz paredes fortes
Tranca a porta do aposento:
ríspido, triste, audaz e nobre
Escorre pela rua
sangue novo meu amigo
Já não sabe em qual lua
repousar o seu abrigo
Planeja nas esquinas
A farpa cálida do seu pranto
Traz em si chagas benignas
desaguadas em enganos santos
Ofegante abre o seu peito
rasga e pisa na mortalha
Mas, não pense em desrespeito:
quero aquecer a fornalha!
A introversão como um convite ao autodescobrimento.
O enfrentamento dos focos conflitivos da personalidade desnuda a causa da dor ôntica.
A chamada "zona de conforto" é uma máscara de enganosa repercussão: de um lado a aparente tranquilidade, e do outro a fatal estagnação.
O ser pleno é um devir, uma constante mutação.
Reinventar-se é obra de coragem e fé!
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