“(...) se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,
mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la (...)”.
(Atos, 5; 1-42).
A sábia orientação de Gamaliel, diante
do conselho judaico, é um norte seguro para definir o que está sob a tutela
divina.
“Não mentistes aos homens, mas a Deus”.
Ananias e Safira venderam uma
propriedade. Ananias reteve parte do preço da venda, e sua mulher Safira, ficou
sabendo disto.
Ananias levou a parte não retida e a
depositou aos pés dos apóstolos.
Pedro intuiu a mentira de Ananias, e o
advertiu que não precisava fazer isto, uma vez que se não vendesse a
propriedade ela permaneceria sob a sua posse, e que vendida, ainda estaria em
seu poder. Por que mentir? Enganar a quem?
Ananias tomado por um mal súbito caiu e
expirou.
Quase três horas depois, Safira, mulher
de Ananias veio ao encontro dos apóstolos, sem saber ainda da morte do seu
marido. Pedro perguntou sob o preço de venda da propriedade, e ela confirmou a
mentira de seu marido. Pedro revela o que acontecera a Ananias e prediz que o
mesmo se daria, em instantes, com ela.
Safira caiu aos pés de Pedro, e também
expirou.
“Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu
as portas da prisão...”.
O povo tinha os apóstolos em grande
estima, e a multidão dos que criam no Senhor aumentava a cada dia.
O sumo sacerdote e os saduceus tomados
por inveja lançaram mão dos apóstolos e os lançaram na prisão.
Mas... um anjo! Sim, um anjo
corporificado veio à noite, abriu as portas da prisão, os tirou para fora, e os
enviou ao templo para continuar a ensinar ao povo.
A quem pertence à obra de Deus?
“... para que não aconteça serdes
também achados combatendo contra Deus”.
O capitão do templo e os principais dos
sacerdotes sabendo da fuga dos apóstolos da prisão estavam perplexos, pois os
servidores encontraram o cárcere fechado, e os guardas às portas.
Informados de que estavam os apóstolos
a ensinar novamente no templo, o sumo sacerdote enviou o capitão com os seus
servidores para os trazerem diante do conselho.
Repreendidos pela insistência em
anunciar o nome de Jesus à multidão, responde Pedro que mais importava obedecer
a Deus do que aos homens.
Os sacerdotes se enfureceram e
deliberavam matá-los.
E eis, que surge a admirável figura de
Gamaliel.
Fariseu, doutor da lei, venerado por
todo o povo, Gamaliel pertencia ao conselho judaico e ordenou que levassem os
apóstolos dali, para que pudesse falar aos demais sacerdotes.
E o conselho de Gamaliel é lição de
sabedoria, aplicável às diversas situações da vida:
“... se a obra é de homens se desfará,
mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la”.
Só entende quem distingue.
Só distingue quem reflete.
Só reflete quem busca a sabedoria
divina.
E diante da sabedoria divina os desejos
humanos se anulam.
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