domingo, 22 de julho de 2012

UMBRAIS AVILTANTES







Abrindo caminhos
revelando aurora
Ouço canto bendito
a espalhar a flora

Lágrimas traduzem o desabafo
multidão aflita cambaleia
Sofrem irmãos açoitados,
penitentes, retraídos, angustiados...

Vozes a clamar por divina bondade
crianças, jovens, mulheres imploram verdade
fonte profícua emana reluzente

Rasgados, humilhados, maltrapilhos,
velhos, derradeiros filhos, famintos
contrapõe a dor uma fé eminente

Esta plaga composta de íntegros valentes
flagelos incontestes, trabalha a Providência:
os lírios campestres da expiatória existência.



NOTA DO AUTOR:


A dor como instrumento de aprendizado... Este é o mote do texto acima, que relata de um lado o sofrimento, a expiação com suas consequências inevitavelmente dolorosas. Porém, há um contraponto que sustenta, fortifica e engrandece a esperança: a fé. Fé em seu genuíno estado de confiança firme e perseverante, certos de que não há mal que perdure eternamente.

Consolados pela potente ação da Providência Divina caminhemos com a certeza de melhores dias, construídos com a argamassa das boas palavras e das iniciativas saudáveis.

Espelhemos vida para que a vida nos visite.

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